Gestão da marina com Vinho do Porto
Equipamento para 300 barcos deverá estar pronto no próximo ano.
Adjudicada há cinco anos, a construção da marina de Canidelo, em Gaia, vai avançar finalmente.
A Câmara, através da Águas de Gaia, entrará na gestão do equipamento, que deverá ficar ligado, também, ao Vinho do Porto.
A Autarquia está a negociar com o consórcio construtor , formado pelos espanhóis da Cotecno (70%) e pelos portugueses Irmãos Cavaco (30%), a futura gestão da marina. Além dos dois promotores, da Autarquia e de entidades ligadas ao Vinho do Porto, poderão ser integrados alguns dos empresários de maior dimensão do concelho, disse Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara.
O projecto é do arquitecto Carlos Prata. Com um prazo de execução entre seis meses e um ano, Menezes espera ter o porto de recreio pronto na próxima época de Primavera/Verão.
"A marina é uma peça fundamental para a dinamização de toda aquela zona da foz do Douro", sentenciou o autarca. "Queremos fechar a parte burocrática até ao Verão, para começar a obra", explicou. Para os próximos dias está marcada uma reunião com o Instituto do Vinho do Porto. Já houve contactos com algumas das principais empresas do sector.
A associação da marina à marca Vinho do Porto potenciará o capital turístico do empreendimento, que terá um custo de sete milhões de euros. Se forem somados os investimentos no porto de recreio, nos dois projectos associados (mercado e lota da Afurada) e em equipamentos públicos, a factura sobe para os 15 milhões. "Com o investimento privado que se perspectiva para a envolvente, esse valor, no mínimo, duplica", contabilizou Luis Filipe Menezes.
A marina terá capacidade para 300 embarcações - inicialmente estavam previstos 360 lugares, mas a Declaração de Impacte Ambiental determinou a redução - e incluirá três edifícios de apoio: para aparcamento de barcos e oficinas, serviços administrativos, balneários, espaços comerciais e bares/restaurantes.
Também o mercado e a lota da Afurada, a construir naquela área, terão, nos andares superiores, espaços de apoio à marina, designadamente ligados à restauração.
Luís Filipe Menezes sublinha o impacto positivo que o equipamento, a nascer junto ao porto de pesca da Afurada, deverá ter na comunidade local. Mas não só. A orla costeira até ao Cais de Gaia pode ser beneficiada. "Em Lisboa, 25 a 30% das pessoas que dinamizam a zona da 24 de Julho vai para o Parque das Nações no mesmo dia", exemplificou.
Fonte JN de 26-04-2009